Minha roommate da Áustria fugiu logo após o café da manhã. Disse que ela obtém a felicidade dela mergulhando e que o pessoal é um bando de miserável triste e maluco. Deixou seu email e saiu correndo. Quase fui com ela, mas a mala de rodinhas me impediu.
Respirei fundo e fui rearrumar o quarto: ótimo, mais espaço para nós duas remanescentes. Com 2 travesseiros passei a dormir bem melhor.
Até que estou gostando do silêncio. Dá para pensar bastante. Analisei vários fatos da minha vida e fiquei testando minha memória:
- qual a imagem mais antiga que tenho da minha irmã?
- será que lembro de tudo o que fiz na Índia?
- como era o dia-a-dia quando eu namorava o Fer?
- qual viagem eu lembro de ter feito com meus pais?
- será que eu já briguei com alguém de verdade?
- como foi meu último semestre em Boston?
Lembrei de coisas que estavam quase apagadas na imensidão de novos fatos e acontecimentos.
A área de concentração aumentou. Ao invés de ficar sentindo o ar no meu nariz, a partir de hoje tenho que prestar atenção em todas as sensações que eu tenho no corpo inteiro: vibração, dor, formigamento, pulsação, pressão, calor, suor, frior, arrepio, o que seja. Bem mais interessante que ficar olhando meu nariz. Dividi o corpo em 12 partes principais. Se eu ficar 5 minutos prestando atenção em cada parte consigo ficar meditando por uma hora inteira. Ok, vamos lá.
Quero ir embora. Tatiiiiiiiiiiiiii, vou te jogar no Rio Ganges!!!!
Sua história daria um filme divertidíssimo...rzz
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