O Brasileiro está engordando.
Se não no país inteiro, com certeza no centro de São Paulo.
Onde só se sobe e desce escada, caso não tenha elevador ou a escada rolante esteja quebrada.
Onde almoço é sinônimo de lasanha, empada, risólis, kibe, x-tudo-maionese.
Regado à uma coca-cola geladinha.
E finalizado com um picolé de chocolate.
O Brasileiro está ficando nojento.
Com pele oleosa, cabelo ensebado e gordura saindo pelas bainhas da calça.
Que já não fecha.
E surgem as lojinhas tamanho 42 a 60 para a nova clientela que expande.
O Brasileiro continua feliz.
E toma aquela cervejinha, caipirinha, ou uma cachaça no fim do dia.
Que vem acompanhada de um amendoim, uma batatinha, uma qualquer coisa frita.
E o Brasileiro passa mal.
Reclama de azia, má digestão e toma um café para melhorar.
Bem vindos ao mundo do consumo nova classe média.
Consumir o quê, porém, nunca lhes foi ensinado.
Salada. Salada. Salada.
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