2.26.2018

O HOMEM, SEUS SÍMBOLOS, SEUS RITOS, SUA VIDA OU

Apenas uma inquietação num momento de passagem (por Luiz Moura, meu tio em 18/01/2014)

Quem se lembrará de nós alguns anos após nossa morte?
Quando morremos de velhice, talvez os filhos, algum neto ou irmão e
primos mais novos...
Mas e se não tivermos tido filhos?
Talvez o nível de possessão possa mensurar isto,
alguém dirá morreu aquele que era dono daquela casa grande verde,
na rua de c...ima. ou morreu o seu Zé do Chevette, ou mesmo o Abílio
da charrete puxada pela égua malhada.
Quem sabe o falecido seja lembrado por alguma profissão específica,( vale mais para cidades pequenas),:
morreu o Zé do açougue, ou o Abílio queijeiro ou o mecânico da rua de baixo.
E na cidade grande, cujas pequenas possessões são irrelevantes, e as profissões também?
Muitos serão enterrados como indigentes caso ningéum lhes venha reclamar o corpo.
Pausa para reflexão
Vamos deixar de lado as especulações e entrar na vida real:
Ele não tinha grandes posses, nem grandes dívidas, teve alguma habilidade no passado, foi ponta direita do Penapolense, quando o time era da segunda divisão, lembrando que na época, final da década de quarente e década de cinquenta, a atual primeira divisão era chamada de divisão especial. Depois tentou ser cantor, arriscando a sorte em programas de auditóri, no rádio, que era a grande coqueluche do momento,
mas acabou exercendo a profissão de alfaiate , tendo costurado para alguns cantores que pelo menos na fama foram mais longe que ele, como Antônio Marcos, Francisco Petrônio e alguns outros nomes que apareceram no novo veículo da mídia a TV, como
Gugu Liberato e Delfim Neto, mas a sua maior glória mesmo foi ter confeccionado a Roupa da Comissão de Frente da Escola de Samba Nenê da Vila Matilde no carnaval de 1974.
Teve seus filhos e criou com amor, eu e meus irmãos que o hoje o deixamos para ser cremado ( foi opção sua) na Vila Alpina embalado por canções de Miltom Nascimento, a quem muito admirava e pelo hino do São Paulo, de quem foi fiel torcedor,
um grande abraço a meu pai Sr Luiz de Moura fico grato que tenha existido,
Saravá ou Amem ou simples ate mais, meu querido.
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