8.04.2011

2 de agosto de 2011

O acaso dos caminhos traz surpresas agradáveis... neste vai e vém tortuoso, amigos tornam-se desconhecidos que dixavam minh'alma com espantosa simplicidade...
E eis que surge um poema.


Alterno minha preferência entre a versão original de Walt Whitman e a tradução de Rodrigo Garcia Lopes em Folhas de Relva.




Vadio uma jornada perpétua,
Meus sinais são uma capa de chuva e sapatos confortáveis e um cajado arrancado do mato ;
Nenhum amigo fica confortável em minha cadeira,
Não tenho cátedra, igreja, nem filosofia;
Não conduzo ninguém à mesa de jantar ou à biblioteca ou à bolsa de valores,
Mas conduzo a uma colina cada homem e mulher
 entre vocês,
Minha mão esquerda enlaça sua cintura,
Minha mão direita aponta paisagens de continentes, e a estrada pública.

Nem eu nem ninguém vai percorrer essa estrada pra você,
Você tem que percorrê-la sozinha.

Não é tão longe assim .... está ao seu alcance,
Talvez você tenha andado nela a vida toda e não sabia,
Talvez a estrada esteja em toda parte sobre a água e sobre a terra.

Pegue sua bagagem, eu pego a minha, vamos em frente;
Toparemos com cidades maravilhosas e nações livres no caminho.

Se você se cansar, entrega os fardos, descansa a mão macia em meu quadril,
E quando for a hora você fará o mesmo por mim;
Pois depois de partir não vamos mais parar.


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